Relaxe, viva com leveza, não deixe o estresse te dominar
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O estresse se tornou uma ocorrência comum entre as pessoas nos dias atuais. Conhecida como a “doença da modernidade”, atinge homens e mulheres, idosos e crianças. Apesar dessa denominação, o estresse, na verdade, é um conceito antigo, tendo durante o século XVII a conotação de “adversidade” ou “aflição”. No final do século seguinte, seu uso evoluiu para expressar “força”, “pressão” ou “esforço”. Apenas no século XX é que estudiosos das ciências biológicas e sociais iniciaram a investigação de seu efeitos na saúde física e mental das pessoas.
Mas, afinal, o que é estresse?
O estresse é uma resposta do organismo a estimulações, excitações e agressões externas, se manifestando como uma adaptação ao meio. Embora seja associado a uma reação negativa do organismo, estando na maioria das vezes relacionado à tensões da vida moderna, como o trânsito, as cobranças e pressões no ambiente de trabalho e/ou familiar, dentre outros, o estresse em si não deve ser considerado como algo ruim. Pelo contrário, se bem administrado pelo indivíduo, pode ser até benéfico no desempenho, pois estimula a atenção nas tarefas e a prontidão nas contrações musculares.
Os fatores externos que geram o estresse podem ser estímulos tanto positivos – tais como ficar rico de repente, casamento, mudança de país, a realização súbita de um sonho impossível, um ganho inesperado – quanto negativos – situações traumáticas, acidentes, perda de um ente querido por morte ou afastamento, roubos, perda do emprego. Ambos representam mudanças que tiram o indivíduo de seu ritmo natural, tendo ele que se adaptar a novas situações.
O estresse positivo, chamado de eustresse, assim como o negativo, chamado de distresse, causam reações fisiológicas similares: as extremidades (mãos e pés) tendem a ficar suados e frios, a aceleração cardíaca e pressão arterial tendem a subir, o nível de tensão muscular tende a aumentar, etc. No nível emocional, no entanto, as reações ao estresse são bastante diferentes. O eustresse motiva e estimula a pessoa a lidar com a situação. Ao contrário, o distresse acovarda o indivíduo, fazendo com que se intimide e fuja da situação.
A reação de estresse é composta de quatro estágios: alerta, resistência, quase-exaustão e exaustão. À medida que o indivíduo avança esses estágios, o seu nível de estresse também aumenta, chegando ao limite de pressão suportado pelo seu organismo, podendo transformar-se em doenças, de ordem física e mental.
Alerta
Nesse estágio, o organismo produz a adrenalina, que dá ânimo, vigor, entusiasmo e energia. A tensão mantém o indivíduo em estado de alerta, pronto para “lutar” ou “fugir” das situações mais difíceis. Dentre os principais sintomas estão:
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Taquicardia;
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Tensão muscular;
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Boca seca;
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Nó no estômago;
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Mãos frias e suadas.
No estágio de resistência, o organismo começa a se desgastar mais, e a pessoa se sente mais cansada. Os principais sintomas desta fase
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Sensações de desgaste generalizado;
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Dificuldade de memória.
Neste estágio, as tensões do ambiente externo se intensificam, o indivíduo começa a se esgotar e enfrenta dificuldades ainda mais intensas de adaptação. Algumas das conseqüências do stress excessivo podem ser:
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Gastrites (que mais tarde se transformam em úlceras);
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Problemas de pele (herpes, dermatite, urticária, psoríase, vitiligo etc);
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Hipertensão arterial;
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Envelhecimento precoce
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Depressão
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Ansiedade
Este é o momento mais crítico, em que a pessoa chega ao seu limite de estresse, e não consegue mais controlar a sua capacidade adaptativa. Os sintomas dessa fase:
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Falta de energia;
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Falta de concentração;
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Incapacidade de trabalhar;
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Falta de vontade para participar de atividades usuais.
Como prevenir o estresse
A ocorrência do estresse está diretamente relacionada ao estilo de vida do indivíduo. Na modernidade, isso se agrava, devido à velocidade dos acontecimentos, as intensas e constantes cobranças e pressões. O primeiro passo, ao sentir o agravamento de situações e sintomas que possam caracterizar um quadro de estresse, é procurar atendimento médico especializado, para que seja indicado o tipo de tratamento adequado.
Mas, antes que a situação chegue ao um nível extremo, o próprio indivíduo também tem condições de agir, adotando práticas simples que podem contribuir para melhorar sua qualidade de vida, e, consequentemente, minimizar a presença do estresse. Confira a seguir:
Mantenha uma dieta saudável
Uma dieta saudável é essencial para qualquer programa de redução do estresse. A saúde em geral e a resistência ao estresse podem melhorar com uma dieta rica em cereais integrais, vegetais e frutas, e evitando o abuso de substâncias como o álcool, cafeína e cigarro.
Pratique atividades físicas
A prática de atividades físicas é uma ótima maneira de se distrair dos eventos estressantes. Pessoas fisicamente ativas conseguem lidar melhor com situações de estresse, desde que as atividades lhe proporcionem prazer, e não sejam praticadas apenas como uma obrigação. Algumas sugestões são: ginásticas aeróbicas, caminhadas, natação, yoga e tai chi. Mas comece devagar e vá aumentado a intensidade e a freqüência gradualmente.
Tire um tempo para relaxar
Relaxe através de técnicas específicas, como exercícios de respiração profunda, prestando atenção na respiração e respirando profunda e lentamente; relaxamento muscular, em uma posição confortável concentre-se em cada parte do corpo e sinta os músculos se relaxando totalmente; meditação; e massagem.
Técnicas cognitivas e comportamentais
Os métodos cognitivos e comportamentais são as maneiras mais efetivas para a redução do estresse. Incluem a identificação das fontes do estresse, reestruturação de prioridades, mudança na resposta ao estresse, e identificar as experiências positivas que diminuem o estresse.
Considere todas as possíveis opções:
Escutar música;
Tirar férias;
Se a fonte do estresse for em casa, fique um tempo à toa, mesmo se for apenas uma ou duas horas por semana;
Substitua o tempo desnecessário com o trabalho por atividades interessantes e agradáveis;
Tenha tempo para o lazer;
Tenha um animal de estimação.
É importante encarar os eventos cotidianos de uma maneira diferente. Mantenha um senso de humor durante as situações difíceis, o riso não somente ajuda a aliviar a tensão e manter as perspectivas, mas também parece ter um efeito físico que reduz os níveis do hormônio do estresse.
Fontes:
http://www.ismabrasil.com.br/ (International Stress Management Association Brasil)
http://www.estresse.com.br/(Instituto de Psicologia e Controle do Stress Marilda Emmanuel Novaes Lipp)
http://boasaude.uol.com.br(Portal de Saúde da Companhia de Internet Bibliomed)