Entenda a Monkeypox

 

 

Nos últimos dias, tem sido veiculada uma série de notícias sobre novos casos de Monkeypox, uma doença infecciosa e contagiosa, que vem ganhando relevância nas discussões e acendendo um alerta na população, gerando bastante dúvidas.

Os primeiros casos foram diagnósticos em 1958 na África. Em 13 de maio de 2022, a OMS relatou casos confirmados de Monkeypox em países não endêmicos e, no mês seguinte, declarou a doença como uma Emergência Global em Saúde (“evento extraordinário”, que constitui risco de saúde pública por meio de disseminação internacional). Com essa definição, os governos são convocados a preparar medidas de detecção precoce, isolamento e gerenciamento dos casos, na tentativa de evitar propagação indiscriminada da doença.

 

 

O que se sabe até agora sobre a Monkeypox:

  • A transmissão se dá principalmente pelo contato direto ou indireto com as lesões corporais, fluidos/secreções oriundas das pústulas (“bolhinhas com pus”) e crostas ou por gotículas respiratórias;
  • Risco de transmissão: neste momento, é considerado baixo, sendo inferior ao da Covid-19;
  • Pode acometer qualquer pessoa, independente de orientação sexual, gênero, idade ou raça/etnia;
  • Por recomendação do Ministério da Saúde, o termo “Varíola dos Macacos” não deve ser utilizado, pelo risco de estigmatização e maus tratos aos macacos. Devemos utilizar sempre Monkeypox (variação em inglês); 
  • Geralmente é autolimitada, ou seja, tende a se resolver em um determinado período de tempo;
  • Período de incubação: geralmente de 6 a 13 dias, podendo variar entre 5 a 21 dias.

Confira abaixo algumas perguntas frequentes e suas respostas para que você fique por dentro do assunto, se tranquilize e mantenha os devidos cuidados:
 

1. O que é a Monkeypox?

Causada pelo vírus Orthopoxvírus, semelhante à varíola, mas que apresenta quadros mais leves. A princípio, foi erroneamente denominada como Varíola dos Macacos, mas teve o nome substituído pela versão em inglês pelo Ministério da Saúde, para evitar o estigma e maus tratos a estes animais.

2. Quais são os principais sintomas?

  • Febre, dores no corpo e cansaço;
  • Aparecimento de ínguas e lesões pelo corpo, que posteriormente viram bolhas, com duração de 2 a 4 semanas. Elas contêm um líquido rico em partículas virais, que podem contaminar outras pessoas que entrem em contato com essa secreção. Há relatos de dores fortes nas lesões.

3. Como esta doença é transmitida?  

Contato direto com as lesões da pele; beijos, abraços, relações sexuais (entre quaisquer pessoas, independentemente da orientação sexual); compartilhamento de objetos contaminados com secreções de pele; gravidez, através da placenta.


4. A situação é grave?

Até o presente momento, não. A grande maioria é de casos leves e os óbitos são raros. Porém, com o avanço da doença e ao atingir indivíduos mais vulneráveis (idosos, crianças e pessoas com imunidade baixa), complicações podem ser mais frequentes.
 

5. Existe tratamento e/ou vacinação?

A vacina ainda não está disponível no Brasil, mas há estudos que comprovam que a vacinação contra a Varíola (humana) já garante proteção em algum nível. Como a grande maioria das doenças virais, não existe tratamento específico. É indicado apenas o tratamento dos sintomas, com analgésicos e antitérmicos quando necessário.
 

6. Quais são os métodos de prevenção?

  • Lavar as mãos com água e sabão;
  • Utilizar álcool em gel e máscaras;
  • Evitar contato com pessoas suspeitas ou confirmadas para Monkeypox;
  • Não compartilhar utensílios de cozinha, roupas de banho ou de cama com pessoas suspeitas ou confirmadas da doença;
  • Higienização dos espaços de trabalho e locais compartilhados com outras pessoas
  • Para casa suspeito ou confirmado manter o isolamento por até 21 dias, a depender da evolução do caso.
     

7. O que fazer caso tenha suspeita de Monkeypox ou contato com alguém com suspeita?

  • Consulte um profissional de saúde se você notar uma erupção na pele (nova ou inexplicável) ou outros sintomas de Monkeypox;
  • Evite contato com animais de estimação, que podem transmitir o vírus da pessoa infectada através do contato com sua superfície (pele/pêlo/penas etc.), e, também, com outras pessoas (incluindo contato físico íntimo);
  • Se o resultado do teste for positivo, fique em isolamento e observe outras práticas de prevenção, até que sua erupção na pele tenha cicatrizado e uma camada fresca de pele intacta tenha se formado;
  • Mantenha-se em isolamento se você tiver febre ou sintomas respiratórios, incluindo dor de garganta, congestão nasal ou tosse; Só saia de casa para ver um profissional de saúde ou para uma emergência, e evite o transporte público.

 

Caso apresente sintomas ou precise de alguma orientação, procure o seu Centro de Promoção da Saúde de referência ou acesse teleconsulta.aberttasaude.com.br